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COATER INTENSIFICA APOIO À PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO NOS ASSENTAMENTOS

25/06/2016

      O objetivo do Setor de Comercialização da COATER (Cooperativa de Trabalho de Assessoria Técnica e Extensão Rural), entidade prestadora de assistência técnica a serviço do INCRA em 47 assentamentos, é implantar um sistema organizacional produtivo junto aos produtores assentados para que sua produção de fato atenda às crescentes exigências do mercado consumidor, buscando canais de comercialização, gerando dessa forma, fluxo de renda e estímulo positivo para o aprimoramento em todos os níveis para os beneficiários da reforma agrária. 

    “Inserir os pequenos agricultores diretamente no mercado, levando produtos saudáveis e de qualidade aos consumidores, sem abrir mão do desenvolvimento social das famílias assentadas, é nosso intuito. Para conquistar melhores resultados, outras culturas além do projeto da batata doce estão sendo fomentados na cadeia dos vegetais, como a abóbora cabotiá, pimentas e a diversificação da produção. O mercado exige hoje que o produtor produza com qualidade e regularidade para suprir a demanda e também que a quantidade ofertada, compense o frete. As empresas compradores são das cidades de Piedade, Dracena, Marinópolis, Mirandópolis e Tapiraí.” –   explica Alessandro Bonfim, Coordenador de Comercialização.

      

 

    A estratégia do Setor é realizar reuniões e visita aos lotes produtivos em maior escala para fomentar a organização dos produtores, posto que trabalhando individualmente, eles não conseguem atender as demandas do mercado e acabam desanimando. Muitas vezes perdendo o produto na roça, impossibilitados muitas vezes pela falta de logística e transporte ou produzindo sem atingir um padrão que satisfaça os mercados mais exigentes, como CEAGESP e as grandes redes de supermercado. Esses produtores assentados, desestimulados, param no meio do caminho e quase sempre ficam dependentes dos atravessadores para escoar sua produção ou então, se restringem às entregas para os Programas Públicos (PAA, PNAE e PPAIS), não tendo excedente qualificado para comercializar e gerar mais renda.

    “ É fundamental  o agricultor assentado dar a devida atenção para os padrões de classificação do produto afins de garantir seu espaço . É preciso transformar a visão do produtor, investindo através da assistência técnica na qualificação contínua do produtor e do seu produto e incentivando uma boa relação de comercialização entre produtores e compradores. Hoje os mercados não querem apenas produtores qualificados, mas que tenham compromisso e consigam abastecer o mercado o ano todo, independente da oscilação de preços característica do mercado.” –  destaca Marcelo Ferraz, gestor do NO Andradina.

      A questão é amadurecer a ideia de que a comercialização não pode mais ser deixada para depois da colheita, correr contra o tempo para não deteriorar o produto, desesperar-se para escoá-lo com urgência, sem priorizar a classificação do mesmo. Antes mesmo do plantio, é preciso estabelecer uma relação de parceria com o técnico de campo e com o setor de comercialização, para acompanhamento de todas as etapas do cultivo para posteriormente abrir-se um espaço de negociação, sem interferência entre produtor e comprador. Esse monitoramento de informações permite futuras avaliações diante dos resultados.

      Em 2015, foram colhidas cerca de 12 mil caixas de batata doce, destacando-se os projetos de assentamento: Dois Irmãos (aproximadamente 10 mil caixas em 2016), Santa Cristina, São Sebastião, Estrela da Ilha, União da Vitória, Cafeeria, Moinho e Orlando Molina (somando aproximadamente 5 mil caixas em 2016). Os preços oscilaram entre R$16,00 e R$28,00. Uma média de 50 produtores ativos e mais 30 produtores que iniciarão o cultivo na região de Ouroeste.

FONTE: CRISTIANE ALEGRE - COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNAL O FOCO - EDIÇÃO DE 28/06/2016 - JORNALISTA JOSÉ CARLOS BOSSOLAM

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